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Como o clínico geral pode otimizar o processo de anamnese com o uso de inteligência artificial

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Na rotina dos médicos que atuam como clínico geral, bem como dos especialistas em medicina interna / clínica médica, a anamnese é, sem exagero, o alicerce do atendimento médico. É por meio da escuta atenta e da organização criteriosa da história clínica que esses profissionais formulam hipóteses diagnósticas, direcionam a investigação e propõem condutas.

Mas a realidade desses atendimentos é desafiadora: as queixas costumam ser diversas e muitas vezes inespecíficas, como fadiga, dor difusa e mal-estar, exigindo que o médico percorra diferentes sistemas do corpo humano e investigue múltiplas possibilidades em uma única consulta.

Além disso, o clínico ou internista lida diariamente com pacientes de idades, perfis e condições muito variados, frequentemente em uso de múltiplos medicamentos e com comorbidades que tornam o histórico ainda mais complexo. Tudo isso sob a pressão do tempo limitado disponível para cada atendimento.

Dado esse cenário, o uso da inteligência artificial na prática médica pode oferecer uma ajuda valiosa. Não se trata de substituir o raciocínio clínico, mas de oferecer recursos que ajudam a tornar a anamnese mais eficiente, estruturada e completa, permitindo que o médico concentre tempo e atenção em compreender o paciente de forma integral.

Particularidades da anamnese na clínica geral: amplitude e complexidade

O trabalho do clínico não se resume a fazer perguntas-padrão ou preencher listas de sintomas. Na clínica geral ou na medicina interna, é preciso ter atenção ao contexto amplo do paciente, buscando conexões entre sinais aparentemente desconexos.

Um relato vago de “cansaço” pode significar desde uma deficiência nutricional até uma cardiopatia incipiente ou mesmo um quadro depressivo.

Além do histórico atual, o levantamento cuidadoso dos antecedentes pessoais e familiares ganha destaque: hipertensão, diabetes, dislipidemias, doenças cardiovasculares precoces na família e outras condições crônicas são peças-chave para avaliação de risco.

Outro ponto crítico são os aspectos psicossociais e os hábitos de vida, que muitas vezes surgem espontaneamente na conversa ou ficam camuflados atrás de queixas clínicas. Tabagismo, etilismo, sedentarismo, alimentação inadequada, estresse crônico, todos esses fatores frequentemente aparecem ao longo da conversa e são decisivos para entender a saúde do paciente.

Como a inteligência artificial pode apoiar o clínico geral ou internista na coleta de dados

O uso da IA nesse contexto oferece soluções práticas e já aplicáveis na rotina:

  • Transcrição automática da consulta: sistemas com reconhecimento de voz captam toda a interação médico-paciente, registrando detalhes que poderiam se perder durante anotações manuais. Isso permite ao médico manter o olhar no paciente e focar na escuta ativa, sem depender de memória posterior para documentar aspectos importantes.
  • Sugestões de perguntas de acompanhamento: a IA pode identificar lacunas no histórico conforme a conversa avança e sugerir perguntas adicionais relevantes, ajudando o médico a explorar pontos críticos que poderiam passar despercebidos, por exemplo, sintomas associados a uma queixa principal ou fatores de risco relacionados.
  • Organização estruturada da anamnese: em atendimentos complexos, com múltiplas queixas, a IA ajuda a manter o raciocínio clínico organizado, agrupando informações em blocos estruturados e destacando dados relevantes. Isso é especialmente útil em pacientes idosos, crônicos ou em uso de polifarmácia, onde o volume de informações tende a ser maior.

Agilidade e precisão: uso da IA na organização e síntese da anamnese

Uma das grandes forças da inteligência artificial está na capacidade de transformar dados brutos em informações úteis. Softwares que resumem automaticamente os pontos-chave da consulta ajudam o médico a ter uma visão clara e rápida do quadro geral, facilitando tanto a análise clínica quanto o preenchimento do prontuário eletrônico.

Além de reduzir o tempo gasto com digitação e documentação manual, essas ferramentas contribuem para minimizar erros, omissões e inconsistências no registro. Isso não significa criar um texto “frio” ou padronizado, mas sim garantir que nenhum dado importante fique de fora.

A IA pode, por exemplo, gerar automaticamente resumos do atendimento nos formatos mais utilizados pelos médicos: histórico clínico tradicional e modelo SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano), promovendo uma documentação estruturada e mais eficiente.

Benefícios esperados para o clínico e o paciente

Os ganhos são concretos, tanto para o profissional quanto para o paciente:

  • Ganho de tempo e produtividade: com menos foco em digitação de todos os dados, o médico ganha tempo, que pode ser aproveitado tanto para atender mais pacientes quanto para dedicar mais atenção a cada um deles, sem sobrecarga.
  • Melhor experiência do paciente: o paciente percebe uma consulta mais fluida, com mais espaço para ser ouvido, sem a sensação de que o médico está “preso à tela” do computador.
  • Maior segurança clínica: registros mais completos e organizados significam menos chance de perder informações críticas, resultando em diagnósticos e condutas mais precisos.

A inteligência artificial não substitui o julgamento clínico nem a empatia, e nem deve. Ela atua como uma ferramenta que amplia as capacidades do médico, permitindo que ele concentre energia em entender a fundo a história única de cada paciente e oferecer um cuidado individualizado e humanizado.

Explorar e incorporar essas ferramentas não significa abrir mão da prática médica tradicional, mas sim aproveitar o que a tecnologia oferece de melhor para tornar o trabalho mais eficiente, seguro e satisfatório.

O convite está feito: experimente, adapte à sua rotina e descubra como a IA pode transformar o modo como você conduz a anamnese no dia a dia.

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