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Você sabe o que é guia TISS? Descubra sua importância e como preencher

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Muitos médicos e profissionais de saúde já atenderam ou consideraram atender pacientes por meio de planos de saúde. Esse tipo de atendimento, embora possa representar uma parcela significativa da clientela, traz consigo diversas regras e padrões a serem seguidos, visando garantir a qualidade do serviço prestado e a adequada troca de informações entre prestadores e operadoras.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entidade reguladora do setor de planos de saúde no Brasil, criada pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, é responsável por estabelecer essas diretrizes. Sua principal função é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores.

Uma das medidas mais significativas implementadas pela ANS foi a criação do padrão TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar), que visa padronizar a troca de informações entre operadoras e prestadores de serviços de saúde, garantindo maior eficiência, segurança e agilidade nos processos.

Neste artigo, você entenderá a fundo sobre as guias TISS, documentos fundamentais para a aplicação do padrão TISS no faturamento de convênios. Abordaremos sua importância para o setor de saúde suplementar, os diferentes tipos de guias existentes e suas finalidades, além de um passo a passo para preenchê-las corretamente. Também apresentaremos dicas para evitar erros comuns e discutiremos como a digitalização e o uso de ferramentas adequadas, como um software médico, podem auxiliar os prestadores de serviços no processo de faturamento TISS.

Ao final da leitura, você estará munido de conhecimentos essenciais para lidar com as guias TISS de maneira eficiente e assertiva, aprimorando sua relação com as operadoras e garantindo a qualidade do atendimento aos beneficiários.

Padrão TISS: entenda o que é

O padrão TISS é um conjunto de regras, diretrizes e procedimentos que define a forma de troca de informações entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços, como médicos, hospitais, clínicas e laboratórios. Essa padronização abrange desde a terminologia utilizada até os formatos de arquivos e os prazos para envio e resposta de documentos.

O principal objetivo do TISS é simplificar e agilizar a comunicação entre os diversos atores do setor de saúde suplementar, reduzindo erros, inconsistências e desperdícios.

A guia TISS, documento fundamental nesse processo, contém todas as informações necessárias para a autorização, cobrança e pagamento dos serviços prestados, seguindo as normas estabelecidas pela ANS.

A importância da guia TISS para o setor de saúde

A implementação da guia TISS trouxe uma série de benefícios para o setor de saúde suplementar. Ao padronizar as informações trocadas entre operadoras e prestadores, a guia facilita os processos de autorização, cobrança e pagamento, tornando-os mais ágeis e eficientes. Isso se traduz em menor burocracia, redução de erros e maior transparência nas relações entre as partes envolvidas.

Além disso, a guia TISS contribui para a melhoria da qualidade e da segurança do atendimento aos beneficiários, uma vez que as informações sobre os procedimentos realizados ficam registradas de forma clara e acessível.

Outro ponto positivo é a possibilidade de utilização dos dados coletados por meio das guias TISS para a realização de estudos e análises que podem embasar políticas de saúde mais efetivas e adequadas às necessidades da população.

Tipos de guias TISS e suas finalidades

O padrão TISS contempla diversos tipos de guias, cada um com uma finalidade específica. Conheça os principais.

  • Guia de consulta: utilizada para registrar informações sobre consultas médicas, como data, hora, profissional responsável, especialidade, diagnóstico e conduta.
  • Guia de solicitação de exames: usada para solicitar a realização de exames complementares, contendo dados sobre o tipo de exame, a justificativa, o prestador solicitante e o executante.
  • Guia de solicitação de internação: empregada para requerer internações hospitalares, com informações sobre o motivo da internação, o período previsto, os procedimentos a serem realizados e os profissionais envolvidos.
  • Guia de tratamento odontológico: utilizada para registrar procedimentos odontológicos realizados, incluindo o tipo de procedimento, o dente tratado, os materiais utilizados e o valor cobrado.
  • Guia de honorários: usada para discriminar os honorários profissionais relativos aos serviços prestados, especificando o tipo de atendimento, o valor unitário e total, e os impostos incidentes.
  • Guia de outras despesas: utilizada para registrar despesas não contempladas nos outros tipos de guia, como medicamentos, materiais especiais, aluguel de equipamentos, entre outras.

Quem deve preencher guias TISS?

A responsabilidade pelo preenchimento das guias TISS é dos prestadores de serviços de saúde, como médicos, hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde autônomos. Esses prestadores devem estar cadastrados junto às operadoras de planos de saúde e seguir as normas estabelecidas pela ANS para a correta utilização do padrão TISS.

Em geral, o preenchimento das guias fica a cargo de profissionais específicos dentro das instituições de saúde, como faturistas, auxiliares administrativos e gestores de contas médicas. Esses profissionais devem receber treinamento adequado para lidar com as particularidades de cada tipo de guia e garantir a qualidade e a consistência das informações prestadas.

É fundamental que os prestadores mantenham seus cadastros atualizados junto às operadoras e acompanhem as eventuais atualizações do padrão TISS divulgadas pela ANS.

Passo a passo para preencher corretamente a guia TISS

O preenchimento correto da guia TISS é essencial para garantir a agilidade e a eficiência dos processos de autorização, cobrança e pagamento dos serviços de saúde. Para isso, é necessário seguir algumas etapas fundamentais.

  1. Identificação do beneficiário: preencha corretamente os dados do paciente, como nome completo, número da carteira do plano de saúde, data de nascimento e CPF.
  2. Dados do prestador de serviços: informe os dados do prestador responsável pelo atendimento, incluindo nome completo, registro profissional (CRM, CRO, etc.), especialidade e código de identificação junto à operadora.
  3. Descrição dos procedimentos realizados: utilize a terminologia e os códigos padronizados pela ANS para descrever de forma clara e precisa os procedimentos realizados, incluindo a quantidade, a data e o valor de cada um.
  4. Informações complementares: preencha, quando necessário, campos adicionais, como a justificativa para a realização de procedimentos especiais, o diagnóstico do paciente e as observações relevantes.
  5. Assinatura e carimbo do profissional responsável: confira todas as informações preenchidas e colha a assinatura e o carimbo do profissional responsável pelo atendimento, garantindo a autenticidade e a validade da guia.
  6. Envio à operadora: encaminhe a guia preenchida à operadora de plano de saúde, respeitando os prazos e os meios de envio estabelecidos, que podem ser físicos ou eletrônicos, dependendo do acordo entre as partes.

Dicas para evitar erros comuns no preenchimento

O preenchimento inadequado das guias TISS pode gerar uma série de transtornos, como atrasos nos pagamentos, glosas de procedimentos e até mesmo a necessidade de refaturamento. Para evitar esses problemas, é importante ficar atento a alguns erros comuns.

  • Informações incompletas ou incorretas: certifique-se de que todos os campos obrigatórios foram preenchidos corretamente, com informações precisas e atualizadas sobre o beneficiário, o prestador e os procedimentos realizados.
  • Códigos e nomenclaturas desatualizados: mantenha-se sempre atualizado em relação às tabelas de códigos e nomenclaturas padronizadas pela ANS, evitando o uso de termos ou códigos obsoletos que possam gerar inconsistências.
  • Falta de assinatura ou carimbo do profissional responsável: não se esqueça de coletar a assinatura e o carimbo do profissional que realizou o atendimento, garantindo a autenticidade e a validade da guia.
  • Preenchimento manual ilegível: ao preencher as guias manualmente, escreva de forma clara e legível, evitando rasuras e abreviações que possam dificultar a compreensão das informações.
  • Falta de atenção aos detalhes: confira cuidadosamente todas as informações preenchidas antes de enviar a guia, verificando se os valores, quantidades e datas estão corretos e coerentes com os serviços prestados.

A importância da digitalização e do envio eletrônico da guia TISS

Com o avanço da tecnologia e a busca por maior eficiência nos processos de gestão da saúde, a digitalização e o envio eletrônico das guias TISS têm se tornado cada vez mais importantes. Essa prática traz uma série de benefícios para prestadores e operadoras, como exemplificado abaixo.

  • Agilidade no processo de autorização e pagamento: o envio eletrônico das guias permite que as informações sejam recebidas e processadas de forma mais rápida pelas operadoras, reduzindo o tempo de espera para aprovação e pagamento dos serviços.
  • Redução de erros e inconsistências: a digitalização das guias minimiza a ocorrência de erros de preenchimento e digitação, uma vez que os dados podem ser inseridos diretamente nos sistemas informatizados, com verificações automáticas de consistência.
  • Cumprimento dos prazos estabelecidos pela ANS: o envio eletrônico das guias permite que os prestadores cumpram mais facilmente os prazos determinados pela ANS para a apresentação das cobranças, evitando penalidades e garantindo o recebimento dos valores devidos.
  • Redução de custos e impacto ambiental: a eliminação da necessidade de impressão e envio físico das guias gera economia de papel, tinta e serviços de entrega, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental.
  • Facilidade de armazenamento e recuperação das informações: as guias digitalizadas podem ser armazenadas de forma segura e organizada, permitindo a rápida recuperação das informações quando necessário, sem a necessidade de manter grandes arquivos físicos.

Consequências do preenchimento inadequado da guia TISS

O preenchimento incorreto ou incompleto das guias TISS pode trazer uma série de consequências negativas para os prestadores de serviços de saúde, impactando diretamente sua sustentabilidade financeira e a qualidade do atendimento aos beneficiários. Algumas das principais consequências são as seguintes.

  • Atrasos nos pagamentos e reembolsos: guias com erros ou inconsistências tendem a ser rejeitadas pelas operadoras, atrasando o processo de pagamento e comprometendo o fluxo de caixa dos prestadores.
  • Glosas e recusas de procedimentos pelas operadoras: a falta de informações essenciais ou a utilização de códigos incorretos pode levar à glosa parcial ou total dos procedimentos realizados, resultando em prejuízos financeiros para os prestadores.
  • Necessidade de refaturamento: quando as guias são rejeitadas devido a erros de preenchimento, os prestadores precisam refazer as cobranças, corrigindo as informações e reapresentando as guias, o que demanda tempo e recursos adicionais.
  • Impacto negativo na qualidade do atendimento ao beneficiário: os atrasos e as recusas de pagamento decorrentes do preenchimento inadequado das guias podem afetar a capacidade dos prestadores de oferecer um atendimento de qualidade aos beneficiários, comprometendo a continuidade e a efetividade dos tratamentos.
  • Prejuízos à imagem e à credibilidade do prestador: a recorrência de erros no preenchimento das guias pode levar a um desgaste na relação entre o prestador e a operadora, prejudicando a imagem e a credibilidade do prestador no mercado de saúde suplementar.

Como o software médico auxilia no faturamento TISS

Os softwares médicos têm se tornado ferramentas cada vez mais indispensáveis para os prestadores de serviços de saúde, especialmente no que diz respeito ao faturamento TISS. O HiDoctor®, por exemplo, oferece uma série de funcionalidades que facilitam e agilizam o processo de preenchimento, envio e acompanhamento das guias, trazendo benefícios significativos.

O principal benefício é a automatização do preenchimento. O software médico é capaz de preencher automaticamente grande parte das informações necessárias nas guias TISS, a partir dos dados já cadastrados no sistema, como informações do beneficiário, do prestador e dos procedimentos realizados. Isso reduz a chance de erros e inconsistências, além de poupar tempo e esforço da equipe administrativa.

O software também pode ajudar na verificação de consistência e validação, uma vez que conta com regras de validação e verificação de consistência, baseadas nas normas e tabelas padronizadas pela ANS. Isso significa que o sistema é capaz de identificar e alertar sobre eventuais erros ou informações faltantes antes mesmo do envio da guia, permitindo a correção imediata e evitando retrabalho.

Por fim, o software médico integra um sistema de exportação das guias preenchidas, com emissão de lotes no padrão ANS, prontos para serem enviados.


A guia TISS é uma ferramenta essencial para a troca de informações entre operadoras de saúde e prestadores de serviços no âmbito da saúde suplementar. Seu correto preenchimento é fundamental para garantir a eficiência, a segurança e a qualidade do atendimento aos beneficiários, além de viabilizar a sustentabilidade financeira dos prestadores.

Ao seguir as orientações da ANS, utilizar um software médico como o HiDoctor® para auxiliar no processo e manter-se atualizado em relação às normas e padrões vigentes, os prestadores podem aprimorar significativamente seu processo de faturamento, reduzindo erros, agilizando os pagamentos e fortalecendo sua relação com as operadoras.

É importante lembrar que o preenchimento adequado das guias TISS não é apenas uma obrigação legal, mas também um compromisso ético com a transparência, a qualidade e a efetividade dos serviços de saúde prestados à população.


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