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Como os médicos estão usando tecnologias digitais?

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A Cello Health Insight é uma agência de pesquisa em marketing especializada no setor de saúde. Em novembro de 2015 a empresa publicou os resultados de uma pesquisa realizada com 1040 médicos de 8 países diferentes: Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Estados Unidos, China e Brasil. A pesquisa explorou as formas como os médicos têm usado canais e dispositivos digitais no local de trabalho, focando especificamente em como eles usam estes meios para trocar informações com parceiros, representantes farmacêuticos e pacientes.

Veja quais foram as principais descobertas da pesquisa:

Digital health debate 2015 - como os médicos estão usando tecnologias digitais

1. Uso de smartphones

82% do médicos participantes da pesquisa possuem um smartphone ou têm acesso a um no trabalho e 77% deles usam o aparelho regularmente no trabalho para questões profissionais. O Brasil foi o país onde mais médicos fazem uso do smartphone regularmente, somando 90% dos entrevistados, seguido pela China, com 85%, e pelo Reino Unido, com 82%. O menor índice de uso de smartphones no meio médico na Europa parece estar relacionado à dificuldade de acesso aos sistemas locais e nacionais de Health Electronic Reporting (HER) pelo smartphone.

2. Comunicação por redes digitais

O telefone continua sendo o principal meio de comunicação, com 89% dos médicos tendo falado com colegas de profissão e 84% tendo contactado pacientes no último mês. O email fica um pouco mais atrás, com 88% tendo enviado mensagens a colegas e 48% enviando mensagens a pacientes no último mês.

O uso global de mensagens de texto ficou em 68% dos médicos, quando para se comunicar com colegas e em 30% quando para se comunicar com pacientes. O uso foi especialmente forte no Brasil e na China (82%).

O WhatsApp e o WeChat (equivalente do WhatsApp na China), foram bem adotados no Brasil, na China e na Itália para comunicação tanto com colegas quanto com pacientes. Porém, o mesmo não foi observado nos EUA e demais países europeus. Apenas 2% dos médicos participantes no Reino Unido e 4% nos Estados Unidos afirmaram usar WhatsApp, em contraste com 87% no Brasil, 61% na Itália e 50% na China.

33% dos médicos entrevistados afirmaram que usariam plataformas web para se comunicar. 30% afirmam usar redes sociais para comunicar com colegas, mas apenas 8% utilizam na comunicação com pacientes.

3. Autodiagnóstico online

69% dos médicos entrevistados afirmaram que seus pacientes frequentemente pesquisam seus sintomas online antes de uma consulta. 62% dos médicos ainda afirmaram que os pacientes chegam ao consultório já com uma suposição de 'autodiagnóstico' e 40% afirmaram que os pacientes pedem prescrições de medicamentos específicos baseado no que pesquisaram na internet.

Observações

Apesar dos dados da pesquisa serem bem interessantes e indicarem uma tendência crescente de maior adoção a meios digitais de comunicação nos consultórios médicos, é importante destacar que a metodologia utilizada foi um pouco falha, de modo que é possível que os resultados não reflitam a realidade destes países participantes.

Dos 1040 médicos participantes, 330 eram dos Estados Unidos, 650 da Europa (Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha) e apenas 60 médicos dos mercados emergentes (Brasil e China).

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