Utilização da internet para acesso a informações médicas é notícia no Jornal Nacional.
Diretor de Inovação Centralx
A reportagem veiculada no início da semana (23/06/08) no Jornal Nacional, mesmo restringida pelo tempo disponível em horário nobre, foi rica e objetiva.
O interesse do Jornal Nacional pela matéria deve-se ao crescimento do uso da internet pelas pessoas em busca de informações sobre saúde. É uma questão de saúde pública, pois oito entre dez usuários de internet declaram já terem utilizado a rede para acessar informações sobre doenças, médicos e outros temas relacionados.
O JN ressaltou uma questão fundamental: informações médicas na internet podem trazer benefícios ou malefícios.
A reportagem mostrou que o paciente pode, a partir de uma informação encontrada na internet, inferir que está com alguma doença. Isso pode levá-lo a fazer um autodiagnóstico e, conseqüentemente, auto-medicação.
O Dr. Protásio da Luz, cardiologista do Incor, destacou que “o conhecimento parcial na medicina é uma coisa potencialmente perigosa. O perigo é a pessoa adotar atitudes médicas impróprias”.
Aqui temos tempo para analisar a questão com um pouco mais de profundidade.
Existem dois aspectos sobre a informação médica na internet. O primeiro refere-se à qualidade da informação, que pode ser boa e confiável, ou não. O segundo, exemplificado na matéria da Rede Globo, refere-se à interpretação que o paciente vai fazer desta informação e, sobretudo, que tipo de atitude tomará a partir daí.
1. A qualidade da informação médica
É natural que, a partir do momento em que os pacientes comecem a buscar informações na internet, os médicos passem a disponibilizá-las com mais freqüência.
Em um post que fiz neste blog anteriormente, tivemos a oportunidade de discutir a importância da publicação de conteúdos médicos, tanto para o público quanto para os médicos.
A informação de qualidade sobre saúde é o ponto de partida para o bom uso da internet pelas pessoas.
2. O que o paciente fará com a informação?
Nossos consultores conversam diariamente com uma média de trezentos médicos e outros profissionais de medicina. Portanto, a troca de informações com eles cria um rico conteúdo. Nos últimos quinze anos, estas conversas também fazem parte da minha rotina. Tenho o prazer de conversar sobre estes temas com médicos que atuam em cidades do interior do país e, da mesma maneira, com profissionais de grandes centros como o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Apesar de encontrar realidades - e relatos - distintos, tenho a oportunidade de ouvir críticas e sugestões vindas de todo o Brasil.
De posse do conteúdo das conversas relacionadas a este tema, fizemos, com a equipe médica da Centralx, algumas reflexões sobre o assunto. Concluímos que é predominante entre os médicos de referência o fato de que a internet é um excelente veículo de troca de informações, e que o problema da má interpretação da informação médica pelo público deve ser resolvido de uma maneira simples: com mais conscientização.
Aliás, a reportagem da Globo também fecha o tema desta forma, mostrando o quanto o paciente instruído pode ajudar no seu tratamento, desde que mantenha sempre suas ações alinhadas com as orientações do seu médico.
Saiba mais: news.med.br